domingo, 23 de maio de 2010

Poesia de Sophia de Mello Breyner

Metade da minha alma é feita de maresia.
Atlântico, p.9


Há muito que deixei aquela praia

De grandes areais e grandes vagas

Mas sou eu ainda quem na brisa respira

E é por mim que espera cintilando a maré vasa.

Há muito, p.48


Quando eu morrer voltarei para buscar

Os instantes que não vivi junto do mar.

Inscrição, p. 40

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